Com sessões entre 15 e 30 minutos, as e-drugs são comercializadas em sites especializados e, sem efeitos em longo prazo comprovados cientificamente, ainda não foram proibidas em qualquer país.
"Estaos cada vez mais próximos de uma geração em que alguns indivíduos entrarão na dependência eletrônica", explica o neuroradiologista e coordenador do Instituto do Cérebro do Einstein, Dr. Edson Amaro Jr.
"O curioso é que esta frase pode parecer chocante para quem lê a respeito das e-drugs, mas pode não representar nenhuma novidade para quem conhece ou vive os efeitos da internet", afirma o médico.
"Porém, a questão das e-drugs é diferente do uso da internet. Não se trata da utilização de computadores na rotina diária e o seu impacto pessoal ou na sociedade, mas sim da utilização de sistemas computacionais que interagem com os sentidos e que seguem teorias de resposta cerebral", analisa.
As e-drugs são ondas sonoras simples e com diferentes graus de sofisticação. Na hora da utilização, geralmente são moduladas por algum outro estímulo - como a frequência respiratória ou cardíaca do usuário - e variam na cadência de algum parâmetro do processamento mental do indivíduo.
As drogas sonoras digitais funcionam como uma hipnose acústica, que pode levar alguns à sensação de prazer ou ser considerada bastante chata por outros - o mesmo que acontece com algumas drogas químicas leves, como a maconha.
Riscos
Sim, eles existem. "Certamente qualquer estímulo repetitivo aplicado com rotina poderá ser, em grau maior ou menor, uma fonte de dependência", afirma o neuroradiologista.
"As e-drugs são uma descoberta cujos efeitos ainda permanecem sem o conhecimento científico e que começam a ser utilizadas em larga escala. E merecem atenção porque, como qualquer outra novidade na internet, têm velocidade de expansão assustadoramente rápida", conclui.
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