16/11/2008

SMPP realiza ações no Mês da Consciência Negra

No dia 20 de novembro, quando se comemora o Dia da Consciência Negra, será feriado em 330 municípios, de um total de 5.561 municípios do país.

São Paulo é um destes municípios. Para marcar a data, a Secretaria Municipal de Participação e Parceria promove, em parceria com diversas organizações sociais, uma série de atividades que se estendem até o dia 5 de dezembro.

A data lembra o dia em que foi assassinado, em 1695, o líder Zumbi, do Quilombo dos Palmares, um dos principais símbolos da resistência negra à escravidão.O Dia da Consciência Negra foi escolhido como data de referência para o Movimento Negro, em contraposição ao 13 de maio, quando foi decretada a abolição da escravatura, a chamada Lei Áurea, pela princesa Isabel, em 1888.

“Zumbi foi um importante líder político e precursor da defesa de direitos. No Dia da Consciência Negra temos que ampliar e aprofundar a discussão sobre a inclusão racial na cidade de São Paulo”, afirma Maria Aparecida Laia, Coordenadora da CONE – Coordenadoria dos Assuntos da População Negra.

A vasta programação conta com Seminários, Palestras, Exposições, Homenagens e Lançamento de publicações ligadas ao termo. No dia 20 acontece a Marcha da Consciência Negra, às 10 horas, e que sairá do vão livre do MASP e seguirá até a Praça Ramos. No mesmo local acontece o ato de lançamento da 1º Bienal do Livro Afro.

Uma dos destaques da Programação é o Seminário Diásporas Africana, na América do Sul – uma Ponte sobre o Atlântico, que acontece nos dias 26,27 e 28 no Hotel Shelton-Inn. O Seminário é gratuito e serão disponibilizadas 150 vagas para os servidores públicos municipais. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 3113 9745 ou pelo e mail: diasporasafricanas@gmail.com.

A palavra diáspora foi tomada de empréstimo da experiência da comunidade judia com o objetivo de explicar a dispersão ocorrida com estes povos durante os séculos. Com a palavra diáspora, os intelectuais e religiosos judeus não só classificaram a dispersão, mas também identificavam um tipo de comunidade que além de preservar as marcas ancestrais recriaram e inventaram tradições como resultante do diálogo entre as diversas culturas envolventes. O mesmo se aplica às tradições africanas, com o diferencial de que os descendentes de africanos se dispersaram como resultado da escravidão.

O Seminário pretende discutir estas diferenças e semelhanças entre os afro-descendentes instalados na América do Sul. O evento contará com a presença de palestrantes da Venezuela, Peru, Uruguai e Argentina.

No seminário será lançado o livro de mesmo nome escrito pelo antropólogo Júlio César de Souza Tavares - pesquisador e professor da Universidade Federal Fluminense – com fotos de Januário Garcia. Eles viajaram durante cerca de um mês para retratar a permanência e as características da herança africana em comunidades afro-descendentes em sete países da América do Sul.
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