26/04/2010

Ilha na Ásia abriga o inseto mais comprido do mundo

Imagem mostra o Phobaeticus chani, o inseto mais comprido do mundo, com 36 cm, sem contar as antenas

Uma rã sem pulmão e o inseto mais comprido do mundo fazem parte das 123 novas espécies descobertas durante os últimos três anos nas florestas tropicais da ilha de Bornéu, no sudeste da Ásia. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (22) pelo WWF (Fundo Mundial para a Natureza).

A descoberta ocorreu em uma zona de 220 mil km2 de floreta frondosa, conhecida como o Coração de Bornéu e protegida desde 2007 pela Malásia, Indonésia e o sultanato de Brunei. Os três países compartilham a ilha de Bornéu.

Adam Tomasek, chefe do programa Coração de Bornéu do WWF, diz que a média é de três descobertas de novas espécies por mês – no total, o número chega a ao menos 600 em 15 anos.

– As descobertas demonstram a riqueza da biodiversidade em Bornéu e permitem esperar novos achados, alguns dos quais poderão contribuir para curar doenças como o câncer ou a Aids.

A região abriga dez espécies de primatas, mais de 350 pássaros, 150 répteis e anfíbios, assim como 10 mil plantas que não são encontradas em nenhuma outra parte do mundo. Entre as novas espécies achadas em 2008 figura uma rã de 7 cm e cabeça plana, a Barbourula kalimantanensis, que respira por meio da pele, pois não possui pulmões.

No mesmo ano, os pesquisadores descobriram o Phobaeticus chani, considerado o inseto mais comprido do mundo, com quase 36 cm (sem as antenas). Só foram achados três espécimes dessa bicho.

entre os animais mais insólitos figura também uma lesma encontrada no monte Kinabalu que lança "dardos de amor" para seu companheiro, para injetar nele hormônios com os quais aumenta sua capacidade de reprodução. Os cientistas querem que os três países envolvidos em Bornéu garantam a proteção da biodiversidade da ilha, diz Tomasek.


– Sabemos que é impossível para os três governos não desenvolver atividades mineradoras, florestais ou plantações. Mas pedimos que se estabeleça um equilíbrio entre a preservação e um desenvolvimento sustentável para proteger essa zona única para as gerações futuras.

A Indonésia e a Malásia são os dois principais produtores de óleo de palma (azeite de dendê), com 85% da produção mundial. Ambientalistas culpam essa atividade pelo desmatamento, principalmente em Bornéu.

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